Em época de crise financeira
aquele pensamento de que: “ O que eu conseguir economizar é sempre bem
vindo.”costuma habitar os nossos pensamentos sempre que precisamos comprar
alguma coisa ou contratar algum serviço.
Na administração pública a
maioria das compras e contratações é definida pelo menor preço e os
administradores de condomínios tem o costume de adotar o mesmo princípio e, em
alguns casos , esta obrigatoriedade consta na própria convenção do condomínio
amarrando legalmente o sindico nesta regra.
O critério de menor preço
pode até ser valido em algumas situações como, por exemplo, na aquisição de um
determinado produto que seja possível a sua especificação detalhada e que não
seja possível agregar nenhum diferencial por parte do fornecedor e, mesmo
assim, quem vai especificar e detalhar o serviço ou produto tem que ter um
profundo conhecimento sobre ele.
Quando estamos tratando de
equipamentos e serviços de segurança eletrônica, na maioria das vezes o melhor
preço não é a escolha mais acertada. Nesta área não compramos equipamentos e
serviços, compramos soluções.
Um mesmo equipamento pode
apresentar resultado diferente em razão da sua instalação e configuração. O
posicionamento indevido de um sensor de alarme pode provocar disparos falsos
tão frequentes que o seu sistema fica inoperante por falta de credibilidade.
Uma câmera de segurança mal posicionada pode inviabilizar a identificação de um
criminoso prejudicando o trabalho de investigação criminal.
Alguns “profissionais” da
área de segurança eletrônica, para redução de custos, usam equipamentos de
tecnologia ultrapassada, trocam componentes internos do sistema (baterias, HDs,
e placas controladoras por similares de segunda linha), usam cabos de qualidade
inferior e deixam de incluir itens de acabamento. Esta prática prejudica o
resultado final da solução de segurança implementada.
Outra questão que deve ser
avaliada é a qualificação do profissional que está planejando, configurando e
instalando o seu sistema. Uma formação profissional adequada requer
investimento e reflete no valor da mão de obra. É só você comparar com uma
cirurgia cardíaca, se um dia você precisar, você não irá procurar o médico mais
barato, você irá procurar o melhor que você tiver condições de contratar. Por que
na segurança da sua família, funcionários e patrimônio a lógica seria diferente?
Quando for contratar uma
solução de segurança eletrônica procure trabalhar com pessoas indicadas,
questione quanto à qualificação profissional da equipe. Peça referencia e se
possível entre em contato com clientes da empresa, visite os locais onde os
serviços foram prestados para verificar a qualidade dos equipamentos e da
instalação.
No final do processo, se o
profissional que mais lhe passou segurança não for o de melhor preço, pegue os
demais orçamentos e solicite explicações sobre os motivos da diferença nos
valores. Tenho certeza que desta forma vocês irão chegar a um ponto de
equilíbrio que atenderá os dois lados.
AGNALDO LIMA DE BARROS, CEL QOR PMMG
Especialista
em Segurança Pública
Especialista
em Segurança Eletrônica
Consultor
de Segurança da Empresa RASTRÔNICA
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